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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A dança do vento

As danças dos orixás são diferentes entre elas. O sentido profundo das danças, como do ritual em geral não pode ser completamente descoberto, porque existem vários significados estratificados e alguns são perceptíveis apenas pelos iniciados.
Nas coreografias de Oiá, os passos são pequenos e rápidos, ela é o elemento ar em movimento, enquanto os braços movimenta-se com força afastando qualquer um da sua frente. O corpo pode ser dobrado para o chão, com uma carga muito ameaçadora, mais freqüentemente é direcionado para o alto. Como diz Augras (1983:153): “pode-se observar muitos detalhes que sugerem a fusão, na figura de Oiá-Iansã, de várias divindades, de origens diversas”. A Oiá relacionada com Oxossi, “... foi provavelmente uma deusa agrária, ligada aos cultos da fecundidade e do boi”.
Oiá viveu em várias épocas, por isso possui ligações com vários orixás masculinos. O fato de ser uma mulher-búfalo deixa bem claro a sua ligação com uma era pré-histórica antiga e a sua relação com Oxossi, rei do mato e com Ogum da mesma estirpe de Odê, o caçador. A sua ligação com Xangô originam-se dá descoberta do fogo que ela doa aos homens. A ligação com Ogum é esclarecida também pelo seu trabalho junto com ele na forja, para manipular o ferro. Enfim, sabe-se que de Omolu, a livre deusa recebe o poder sobre os Eguns, que, em algumas lendas, seriam os próprios filhos de Oiá-Iansã. Todos esses aspectos e outros mais são expressados nas suas danças nas quais existem os seguintes aspectos gerais:

1) - um movimento circular no começo para delimitar o espaço sagrado, no qual ela concentra as energias da natureza: o ar, a água e o fogo. Essa rotação é feita também com movimentos dos braços que viram com o corpo todo, e simbolizam o ar que, em movimento, torna-se vento e, sempre mais rapidamente, furacão e tempestade(água);

2) - um movimento com linhas quebradas e continuamente mutante de direção. Como me explicou uma filha de santo, “o ar está em todo lugar, em cima, embaixo, de lado, em qualquer lugar”. Por seguir o movimento do ar, Oiá-Iansã encontra sempre novas direções, possui o espaço sagrado e ocupa-o agressivamente;

3) - um movimento nervoso, com impulsos súbitos e rápidos, que descreve a eletricidade e a impaciência dessa energia;

4) - um movimento fluido e leve, que expressa o ar leve e a doçura do orixá, levando os espíritos dos mortos ao orum.

O primeiro movimento pode ser entendido a partir da discussão anterior sobre a roda sagrada. Aponta a construção de um espaço mágico, onde se concentra e onde se fazem concentrar as forças da natureza. Também o redemoinho que Oiá-Iansã faz sobre si mesma è o movimento do elemento ar. Ela ocupa muito espaço, sobretudo ao nível horizontal. Às vezes, abre os braços, puxa a cabeça para trás e roda sobre si mesma, desenhando uma espiral com o próprio corpo. Deixa claro, através da sua postura firme, que precisa de muito espaço e que é dona deste. A utilização do espaço é diferente da observada nos outros orixás femininos, Iemanjá e Oxum, que dançam com movimentos de menor dimensão horizontal. Quando Iemanjá locomove-se como onda, por exemplo, ela ocupa um espaço mais em vertical e também seu movimento é um andar e um vir para si mesma, é um movimento mais introspectivo, mais ligado à interioridade, enquanto Oiá-Iansã movimenta-se para o exterior, ela é mais ligada à ação.

Quanto ao terceiro aspecto, Oiá-Iansã movimenta-se em diagonal. Anda pelo barracão, sem uma meta precisa, qualquer coisa nova a seduz e provoca um repentino câmbio de direção. Esse movimento transmite o frêmito e a curiosidade de Oiá, que está sempre a procura de algo ou de alguém. Pode parecer quase desesperada, nesse seu andar sem meta e com tanta energia. Oiá é um orixá jovem e guerreiro, que abre os caminhos, lutando e limpando as marcas dos Eguns em qualquer lugar.

O último aspecto é a leveza que ela expressa quando afasta os mortos, transporta algo, ou abre o caminho para os seus devotos. Nessa sua qualidade, ela parece mais flexível. Aqui demonstra a sua generosidade, transportando as almas ao orum, para uma nova vida.

TIPOS DE CANDOMBLÉ

Há quatros tipos diferentes de CANDOMBLÉ:
O queto, da Bahia, o Xangô, de Pernambuco, o Batuque, do Rio Grande do Sul, e o Angola, da Bahia e São Paulo. O Queto chegou com os povos nagôs, que falam a lingua Iorubá. Saídos das regiões que hoje correspondem ao Sudão, Nigéria e Benin, eles vieram para o Nordeste. Os Bantos saíram das regiões de Moçambique, Angola e Congo para Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. Criaram o culto ao caboclo, representante das entidades das matas.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Percepção e etnocentrismo

Desde os primordios, o ser humano esta imerso em sua própria cultura e tende a encarar seus padrões culturais como os mais racionais e mais ajustados a uma boa vida. Quando muito, percebe algo que é inadequado e que “poderia ser de outra forma.” O que permite uma percepção cultural mais intensa é o contato com outras culturas.
Mas, uma vez que se dá este contato, a tendência é rejeitar a outra cultura como inferior, como inatural. É o chamado etnocentrismo, uma barreira que, a despeito de prejudicar o entendimento e relação com outras culturas, serve justamente para preservar a identidade de uma cultura frente à possível difusão de preceitos de outras culturas.

Festa de Egum

Egum ou Egum - gum em nagô, quer dizer Osso. Mas possui um significado amplo e também pode ser entendido como a alma de uma pessoa morta. Assim, Egum é o espírito de uma pessoa falecida e não recebe o mesmo tratamento que um orixá.

Estes espíritos apresentam - se nos terreiros durante as celebrações a eles dedicadas, porque esta foi a forma que escolheram de continuar a sua evolução.

Mas o Egum, propriamente dito, é outra coisa. Às vezes são até prejudiciais ao próximo e por isso são imediatamente afastados. É por isso que a casa de Egum sempre fica fora do terreiro de candomblé.

Em alguns terreiros de candomblé, é realizada a festa para os Eguns uma vez por ano, que são as almas dos babalorixás, ialorixás, ou os filhos de santos do terreiro. O que acontece muitas vezes, é que eles não comparecem à celebração. Normalmente, só após sete anos de morte, recebida a homenagem é que eles ocupam seu lugar.

A casa de Egum é essencial em qualquer terreiro, mesmo que a festa de Egum não seja comemorada, os Eguns devem ser servidos e tratados. É uma casa pequena, onde são colocados recipientes com alimentos. As louças, geralmente usadas, são louças quebradas que representam a vida que se partiu.

Não se faz festa de Egum dentro do terreiro, onde são festejados os orixás, essas festas são realizadas ao ar livre. Nessas ocasiões, pode ser observada a materialização de alguns Eguns.

Numa festa de Egum, durante toda a cerimônia, os Ogês ou Anixás, seguram uma vara listrada de preto e branco, o Ixã, com o qual procurarão conter os Eguns, em caso de necessidade.

Ninguém pode sair antes de terminar a festa de Egum, porque pode ser prejudicado por Eguns que se encontrem nas proximidades, por ser um desrespeito a eles. Os Eguns também podem ser nossos antepassados,e por isso devemos respeito a eles.

TALVEZ

A cultura é a base de toda essa estrutura humana que é a sociedade. Sem ela significaria a não existência de um povo, a negação das raízes que permeiam cada nação e as mantêm unidas, visto como, a cultura é uma espécie de poder, instrumento de dominação que viabiliza extinção do outro, um conjunto de valores, historias, normas, atitudes, crenças e etc., que uma nação impar possui. E dentre essa singularidade escolho uma – a crença.

A religião de certo modo é um resumo de cultura, podendo ser uma subcultura, porque nela estão entranhados os valores, normas, símbolos, e instituições que foram inseridos pelo homem para que haja um controle.

Creio sim que as igrejas foram criadas com o intuito de conter-nos, porquanto ao obedecer-mos regras da igreja para não nos rebelarmos. Ou para ter o domínio de nós mesmos, pois, precisamos de algo para acreditar, um consolo diante dos problemas, uma resposta.

A procura de respostas os homens inventaram um ser supremo para que possa explicar tudo aquilo que aparentemente é inexplicável, que são os deuses ou deus.

Com o surgimento dos deuses foram criadas também diversas crenças que por conta do contexto histórico resultou num etnocentrismo, ou seja, consideravam-se superiores, o centro enquanto as outras seriam periféricas.

Exemplo disso é o cristianismo europeu para com as religiões africanas, que com o seu racismo juntamente com o seu ar superior favoreceu e muito para a sua difamação.

Os não conhecedores das religiões afros costumam dizer que seu culto são “coisas demoníacas”, mais o que eles não sabem também é que indiretamente ao proferir seu discurso, estão exibindo a sua total ignorância e preconceito com essa cultura, afinal, nas instituições africanas não há nenhuma figura que simbolize o mal, uma vez que, as duas coisas estão entrelaçadas, demonstrando que em tudo existem lados positivos e negativos.

Desta forma os orixás acabam tendo uma proximidade maior com os seres humanos desvelando a visão que temos de um deus completamente bom, dessa divisão entre deus e homem, que a igreja destaca.

Os adeptos do candomblé consideram todos como uma família, diferente dos irmãos católicos e protestantes que em teoria são irmãos, mas na pratica não exerce esse caráter.

Nego o entendimento dessa percepção erronia e metonímica que desmerece as crenças negras e tira seu direito de inclusão, atribuindo-a aspectos ruins e negando os seus bons. Pois se enxergássemos todos nós como uma família, talvez a sociedade não seria tão violenta e preconceituosa ao notar o diferente. Seriamos uma cultura unificada que não seria só ligada aos costumes comuns, seriamos quem sabe civilizados.



A Linhagem

Os negros que para o Brasil foram trazidos de forma violenta, provenientes de várias regiões da África, eram considerados pelo povo luso como sem alma. Portanto foi forçado a trocar seus nomes, ser batizados na religião católica e logo em seguida eram misturados por etnias para dificultar a resistência. Mas o espírito de família, do axé e da tradição oral foi impossível de enraizar.

Na África, as pessoas tinham seus deuses e cada cidade tinha seu orixá, contudo quando chegaram ao Brasil tanto o povo quantos suas divindas foram misturados. Porém depois de tanta luta, tempo e reivindicação os escravos passaram a se unir e estabelecer um laço de família e de hierarquia, tendo como líder espiritual e religioso, a mãe de santo e pai de santo. Onde a tradição do candomblé e os cultos orixás (16 no Brasil) foram passada de geração em geração. Estabelecendo um respeito materno e paterno ao babalorixás e as yalorixás.

Dessa forma povo negro passa a ter uma identidade espiritual, através da convivência com os seus semelhantes. Embora o catolicismo tenha sido imposto, o sincretismo foi uma forma e sentirem seus deuses, porém em culto aos santos católicos. A trajetória do candomblé se baseia, na tradição oral dos seus pais e mães. Sendo a mulher um símbolo de poder, devido à morte de tanto homem durante a escravidão.

O axé foi uma forma imaterial de união entre os negros , sendo uma energia do bem , de uni e fortalece a ligação entre os seres . "Energia mágica, universal sagrada do orixá. Energia muito forte, mas que por si só é neutra. Manipulada e dirigida pelo homem através dos orixás e seus elementos símbolos.”. Essa palavra também significa amém.E assim é uma pouco de como ,algumas família negra em terras brasileiras mantêm sua cultura .

“O candomblé ainda é a voz que faz o negro se juntar/Pra ser feliz ainda não dá/ enquanto um negro, um só negro, um só chorar”. (Naná Vasconcelos).

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

DIVERSIDADE

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A DANÇA DAS ESPADAS


Pelos raios e ventos de Iansã

Pelos trovões de Xangô

Pelos ferros de Ogum


Epahê, Oiá!

Kabeleci, Xangô!

Patakouri, Ogum!


Pelos encantos de Iansã

Xangô e Ogum vão brigar

No pé de dança no rodopio

Machado e espada no ar


Xangô é rei da justiça

Mas não foge da guerra

Iansã é sua cobiça

Sua preferida na terra


Ogum da querra é o senhor

E também deseja Iansã

Por ser bonita e valente

E dominar com seu leque

Todos os raios e ventos


Kaô, Xangô!

Ogunhê, Ogum!

Iansã dança bonito

E será apenas de um


Na terra dos orixás

Cruzam espada e machado

Cruzam machado e espada

Corpos se agitam no ar

E dançam a disputar

Os encantos e a força da amada

Ambos são deuses guerreiros

Cada qual em seu domínio

Cada qual em seu lugar


Ogum com seu chapéu de banda

Sua espada e sua lança

Já se sabe perdedor

Ao final desta batalha

Os encantos de Iansã

Vão pros braços de Xangô

Candomblé - A crença Afro- brasileira


A ORIGEM DA PALAVRA CANDOMBLÉ
Este culto da forma como é aqui praticado e chamado de Candomblé, não existe na África. O que existe lá é o culto à orixá, ou seja, cada nação africana cultua um orixá e só inicia elegun ou pessoa ligada aquele orisá. Portanto, a palavra Candomblé foi uma forma de denominar as reuniões feitas pelos escravos, para cultuar seus deuses, porque também era comum chamar de Candomblé toda festa ou reunião de negros nas senzalas no Brasil. Por esse motivo, antigos Babalorixás e Ialorixás evitavam chamar o "culto dos orixás" de Candomblé. Eles não queriam com isso serem confundidos com estas festas. Mas, com o passar do tempo a palavra Candomblé foi sendo incorporada e passou a definir um conjunto de cultos vindo de diversas regiões africanas. A palavra Candomblé possui 2 (dois) significados entre os pesquisadores: Candomblé seria uma modificação fonética de Candonbé, um tipo de atabaque usado pelos negros de Angola; ou ainda, viria de Candonbidé, que quer dizer ato de louvar, pedir por alguém ou por alguma coisa.


AS NAÇÕES DO CANDOMBLÉ NA FORMAÇÃO DO CULTO AOS ORIXÁS
Como forma complementar de culto, a palavra Candomblé passou a definir o modelo de cada tribo ou região africana, desta forma: Candomblé da Nação Ketu, Candomblé da Nação Jeje, Candomblé da Nação Angola, Candomblé da Nação Congo e Candomblé da Nação Muxicongo.
A palavra Nação entra aí não para definir uma nação política, pois Nação Jeje não existia em termos políticos. O que é chamado de Nação Jeje é o Candomblé formado pelos povos vindos da região do Daomé e formado pelos povos Mahin e os grupos que falavam a língua iorubá, entre eles os de Oyó. Abeokuta, Ijesá e Ebá vieram constituir uma forma de culto denominada de Candomblé da Nação Ketu. Ketu era uma cidade igual as demais, mas no Brasil passou a designar o culto de Candomblé da Nação Ketu ou Alaketu. Os iorubás, quando guerriaram com os povos Jejes e perderam a batalha, se tornaram escravos desses povos, sendo posteriormente vendidos ao Brasil. Quando os iorubás chegaram naquela região sofridos e maltratados, foram chamados pelos fons de anagô, que quer dizer na língua fon, piolhentos, sujos entre outras coisas. A palavra com o tempo se modificou e ficou nagô e passou a ser aceita pelos povos iorubás no Brasil, para assim definir as suas origens e uma forma de culto. Na verdade, não existe nenhuma nação política denominada nagô. No Brasil, a palavra nagô passou a denominar os Candomblés também de Xamba da região nordeste, mais conhecido como Xangô do Nordeste. Os Candomblés da Bahia e do Rio de Janeiro passaram a ser chamados de Nação Ketu com raízes iorubás. Porém, existem variações de Nações como Candomblé da Nação Efan e Candomblé da Nação Ijexá. Efan é uma cidade da região de Ijesá próxima a Osobô e ao rio Osun. Ijexá não é uma nação política, é o nome dado aos que nasceram ou viveram na região de Ijesá, que caracteriza esta Nação no Brasil e que tem Osun como a sua rainha. Da mesma forma como existe uma variação no Ketu, há também no Jeje, como por exemplo, Jeje Mahin. Mahin era uma tribo que existia próximo à cidade de Ketu. Os Candomblés da Nação Angola e Congo foram desenvolvidos no Brasil com a chegada desses africanos vindos de Angola e Congo. A partir daí, muitas formas surgiram seguindo tradições de cidades como Casanje, Munjolo, Cabinda, Muxicongo e outras.
A verdade é que o culto nigeriano de orixá, chamado de Candomblé no Brasil, foi organizado por mulheres para mulheres. Antigamente, nos primeiros Ilês de Candomblé, não era permitido aos homens entrar na roda de dança para os orixás. Mesmo os que tornavam-se babalorixás tinham uma conduta diferente quanto à roda de dança. Desta forma, a participação dos homens era puramente circunstancial. Daí ter que se inserir no culto vários cargos para homens, como por exemplo, os cargos de ogans (batedores de atabaques). Hoje a palavra Candomblé no Brasil, define o que chamamos de Culto Afro-Brasileiro.

Os Terreiros


Os terreiros são comunidades de vida em que a visão do mundo Africana se mantém presente e viva; em que a reconstrução Familiar – Possiu traços culturais significativos dos africanos.

Todos os membros se encontram unidos na mesma fé, protegidos pelos Orixás, submissos a uma autoridade religiosa e espiritual.Os membros estão unidos como uma parte num todo, por laços consanguíneos

A autoridade espiritual e moral é concentrada nas mãos dos “pais” ou “mães de santo”, chamados também de “Babalorixás”ou “Yalorixás”. O nome “mãe” e “pai” significa aqui que os adeptos aceitam uma segunda educação pelas mãos de pessoas significativas nas suas vidas. A educação numa nova vida, após serem iniciados no Candomblé.

A estrutura do Candomblé inclui duas categorias de pessoas: os iniciados propriamente ditos e os titulares, pessoas executivas e honoríficas. Os primeiros percorrem todo o processo formal de iniciação, do aspirante ao supervisor religioso do terreiro.


1. Yalorixá ou Babalorixá: A palavra Iyà do Yorubá significa mãe, Bàbá significa pai.


2. Iyaquequerê: Mãe pequena, a segunda sacerdotisa.


3. Babaquequerê: Pai pequeno, o segundo sacerdote.

4. Iyalaxé (mulher): Cuida dos objectos do ritual.

5. Agibonã: A Mãe criadeira, supervisiona e ajuda na iniciação.

6. Ebômi: Ou Egbomi, são pessoas que já cumpriram o período de sete anos da iniciação (o nome significa: meu irmão mais velho).


7. Iyabassê: (mulher): Responsável pela preparação das comidas-de-santo

8. Iaô: Filho-de-santo, iniciado, mas não tem um cargo atribuído, participa nos rituais (já incorpora Orixás).


9. Abiã ou Abian: Novato. É considerado Abiã aquele que entra para a religião após ter passado pelo ritual de Lavagem de Contas e o Bori. Poderá ser iniciado ou não, vai depender do Orixá pedir a sua iniciação.


10. Axogun: Responsável pelo sacrifício dos animais. (não entram em transe).


11. Alagbê: Responsável pelos atabaques e pelos toques. (não entram em transe).

12. Ogâ ou Ogan: Tocadores de atabaques (não entram em transe).


13.Ajoiê ou Ekedi: Camareira do Orixá (não entram em transe

Curiosidades

•O orixá Oxumaré não e considerado em homem e nem mulher, pois, na metade do ano ele e macho e na outra fêmea.


•Sabiam que ao contrário do que muitos pensam, a "Sexta-Feira" é um dia "Sagrado" na Angola?Em respeito ao Orixá Oxalá, que "rege" este dia, nada se faz em roças: Rezas, Banhos, Obrigações...Podemos observar dias de sextas-feiras, muitos filhos de Oxalá vestidos de branco da cabeça aos pés caminhando pelas ruas.

•A África possui cerca de 600 orixás, para o Brasil vieram apenas 50 que estão reduzidos a 16 no Candomblé, dos quais só 8 passaram na Umbanda. E outros pesquisadores, por sua vez levantam 9 ou mais orixás absorvidos pela Umbanda.

•No Candomblé o sacrifício significa vida. É através do sangue dos animais que se dá a vida ao orixá que esta “nascendo”, no momento de feitura.

•O candomblé é uma religião monoteísta, pois acreditam em um Deus supremo o Olorum.

Sincretismo

O Sincretismo e um fenômeno onde se buscou adaptar nas crenças de religiões tradicionais africanas os rituais da fé Católica, isso colaborou muito para que os negros continuassem a praticar a sua religião e cultuar seus orixás e ancestrais dizendo ser católicos. Ao em vez de cultuar os santos ele cultuavam os orixás, por exemplo, enquanto os católicos cultuavam Santa Ana, os negros cultuavam Nanã em sua língua natural e ninguém entendia o que eles estavam dizendo ou a quem eles estavam cultuando. A estratégia utilizada pelos negros acabava ludibriando os senhores, fazendo-os acreditar que eram os santos católicos a razão da devoção deles. Esta mistura de religiões surgiu entre os séculos XVI e XIX, com o tráfico de escravos, que trazia negros da África para o Brasil, quando se viram obrigados a não praticar os rituais do candomblé, já que era proibida a prática de outra religião que não fosse o catolicismo, mas alguns pesquisadores dizem que o sincretismo já havia começado na África, induzida pelos próprios missionários para facilitar a conversão. Neste período, o candomblé foi visto pela maioria dos brasileiros como bruxaria e reprimido pelas autoridades policiais.


Orixá:
Santo Católico
Oxossi:
São Sebastião

Yemanjá:
Nossa Senhora dos Navegantes
Ogum:
São Jorge
Yofá:
Libertação dos escravos
Xangô Caô:
São João Batista
Xangô Agojô:
São Pedro
Nanã:
Santa Ana
Omolu:
São Lázaro
Erês / Ibejis:
São Cosme e Damião
Xangô Agodô:
São Jerônimo
Oxum:
Diversas Nossas Senhoras (De acordo com a religião)
Iansã:
Santa Barbara
Exú:
São Pedro
Ossâim:
São Benedito
Obá:
Joana Darc
Oxumaré:
São Bartolomeu
Oxalá;
Jesus Cristo