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terça-feira, 24 de novembro de 2009

TALVEZ

A cultura é a base de toda essa estrutura humana que é a sociedade. Sem ela significaria a não existência de um povo, a negação das raízes que permeiam cada nação e as mantêm unidas, visto como, a cultura é uma espécie de poder, instrumento de dominação que viabiliza extinção do outro, um conjunto de valores, historias, normas, atitudes, crenças e etc., que uma nação impar possui. E dentre essa singularidade escolho uma – a crença.

A religião de certo modo é um resumo de cultura, podendo ser uma subcultura, porque nela estão entranhados os valores, normas, símbolos, e instituições que foram inseridos pelo homem para que haja um controle.

Creio sim que as igrejas foram criadas com o intuito de conter-nos, porquanto ao obedecer-mos regras da igreja para não nos rebelarmos. Ou para ter o domínio de nós mesmos, pois, precisamos de algo para acreditar, um consolo diante dos problemas, uma resposta.

A procura de respostas os homens inventaram um ser supremo para que possa explicar tudo aquilo que aparentemente é inexplicável, que são os deuses ou deus.

Com o surgimento dos deuses foram criadas também diversas crenças que por conta do contexto histórico resultou num etnocentrismo, ou seja, consideravam-se superiores, o centro enquanto as outras seriam periféricas.

Exemplo disso é o cristianismo europeu para com as religiões africanas, que com o seu racismo juntamente com o seu ar superior favoreceu e muito para a sua difamação.

Os não conhecedores das religiões afros costumam dizer que seu culto são “coisas demoníacas”, mais o que eles não sabem também é que indiretamente ao proferir seu discurso, estão exibindo a sua total ignorância e preconceito com essa cultura, afinal, nas instituições africanas não há nenhuma figura que simbolize o mal, uma vez que, as duas coisas estão entrelaçadas, demonstrando que em tudo existem lados positivos e negativos.

Desta forma os orixás acabam tendo uma proximidade maior com os seres humanos desvelando a visão que temos de um deus completamente bom, dessa divisão entre deus e homem, que a igreja destaca.

Os adeptos do candomblé consideram todos como uma família, diferente dos irmãos católicos e protestantes que em teoria são irmãos, mas na pratica não exerce esse caráter.

Nego o entendimento dessa percepção erronia e metonímica que desmerece as crenças negras e tira seu direito de inclusão, atribuindo-a aspectos ruins e negando os seus bons. Pois se enxergássemos todos nós como uma família, talvez a sociedade não seria tão violenta e preconceituosa ao notar o diferente. Seriamos uma cultura unificada que não seria só ligada aos costumes comuns, seriamos quem sabe civilizados.



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